Único longa-metragem com participação brasileira no Festival de Cannes, o documentário O Sal da Terra, que tem como personagem principal o fotógrafo Sebastião Salgado, recebeu dois prêmios nesta sexta-feira (23).
O Júri Ecumênico, grupo que distingue “obras com qualidades humanas que envolvem a dimensão espiritual da existência”, premiou o filme Timbuktu, do mauritano Abderrahmane Sissako, e deu uma menção especial ao longa sobre Salgado. Segundo o grupo, o “documentário baseado na obra fotográfica de Sebastião Salgado demonstra magistralmente a história contemporânea da condição humana no mundo inteiro e a capacidade de criar uma vida melhor”.
Na mostra paralela Um Certo Olhar, O Sal da Terra – que foi dirigido pelo alemão Wim Wenders juntamente com o filho de Sebastião, Juliano Ribeiro Salgado – recebeu o Prêmio Especial do Júri. O cineasta argentino Pablo Trapero presidiu o grupo que atribuiu essa honraria ao filme.
Ainda na mostra Um Certo Olhar, White God, do diretor húngaro Kornel Mundruczo, recebeu o prêmio máximo, enquanto que Turist, do sueco Ruben Ostlund, ficou com o Prêmio do Júri.
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Turco conquista os críticos
A Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) escolheu o filme turco Winter Sleep, de Nuri Bilge Ceylan, como o melhor da competição deste ano do Festival de Cannes. Ceylan agradeceu aos críticos por terem escrito algumas coisas muito boas sobre seus filmes. “Foi um ano desafiador, e queria dizer que, sem vocês (críticos) e o público, os filmes de arte, especialmente aqueles com longa duração, seriam muito solitários”, declarou.
Os prêmios do júri da competição oficial, que é presidido pela diretora neozelandesa Jane Camipon, serão anunciados na noite de sábado (horário local).