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Festival exibe produção diversa de cineastas brasileiros da nova geração

23/04/15 às 17:27 Atualizado em 23/04/15 as 17:28
Festival exibe produção diversa de cineastas brasileiros da nova geração

Referência na distribuição de filmes independentes brasileiros, a Vitrine Filmes é a responsável, pelo segundo ano consecutivo, pela curadoria da mostra de cinema do Festival Path, evento que reúne também palestras, shows, feira gastronômica e festa.

Com entrada gratuita (por ordem de chegada), o público que for ao Instituto Tomie Ohtake nos dias 25 e 26 de abril poderá assistir a curtas e médias-metragens de diversos cineastas em ascensão no cenário nacional. Haverá também a pré-estreia do longa-metragem A Vida Privada dos Hipopótamos, de Maíra Bühler e Matias Mariani.

A programação destaca os trabalhos de coletivos espalhados pelo País. Os mineiros da Filmes de Plástico (dos diretores André Novais Oliveira, Gabriel Martins e Maurílio Martins), os paulistas da Filmes do Caixote (de Caetano Gotardo, João Marcos de Almeida, Juliana Rojas, Marco Dutra e Sergio Silva), os cearenses da Alumbramento (de Guto Parente, Ivo Lopes Araújo, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti) e os pernambucanos da Surto & Deslumbramento (de André Antônio, Chico Lacerda, Fabio Ramalho e Rodrigo Almeida) terão alguns dos seus filmes exibidos no evento.

Autor de Cine Holliúdy, o cearense Halder Gomes tem dois curtas-metragens na programação, incluindo o trabalho que deu origem ao seu longa-metragem. O paulista Gustavo Vinagre também recebeu atenção especial da curadoria, que escolheu dois curtas e um média-metragem (Nova Dubai) de sua autoria.

Outro diretor da nova geração que está na seleção é Adirley Queirós, da Ceilândia (DF), que atualmente está no circuito comercial com o longa Branco Sai, Preto Fica. Serão exibidos três de seus trabalhos anteriores: os curtas-metragens Rap, o Canto da Ceilândia e Dias de Greve e o média-metragem Fora de Campo.

A diretora da Vitrine Filmes, Silvia Cruz, falou a respeito dos filmes do Festival Path em entrevista por e-mail ao Cine Festivais.

 

>>> Conheça a programação completa da mostra de cinema do Festival Path.

 

Cine Festivais: A Vitrine Filmes é referência na distribuição de filmes do atual cenário do cinema independente brasileiro. Em termos de diversidade e qualidade, que características fazem com que essa nova geração do País se destaque das anteriores? Quão representativa desta geração é a seleção de filmes e cineastas da mostra do festival Path?

Silvia Cruz: Existe uma produção massiva de filmes hoje no Brasil; são centenas deles finalizados por ano. Nós acompanhamos parte dessa geração e pensamos para o Path em uma programação que representasse diversos cinemas sendo feitos hoje. Muitos dos cineastas do Path tiveram seus longas distribuídos pela Vitrine Filmes.

É muito difícil definir todos eles como uma geração. Existe uma produção muito característica em São Paulo, que está representada pela produtora Filmes do Caixote, que é tão atual quanto a produção mineira, da Filmes de Plástico. Talvez seja possível traçar semelhanças entre o cinema dos dois, mas também são muito diferentes.

 

CF: Adirley Queirós, diretor do último filme lançado pela Vitrine e que também terá trabalhos exibidos no Festival Path, rejeita o rótulo de “filme de arte” para o seu trabalho e diz que Branco Sai, Preto Fica é um filme de aventura ao estilo “sessão da tarde”. Qual é o tamanho do desafio de fazer com que o público comum (que não frequenta festivais) se interesse pelos trabalhos dessa nova geração do cinema brasileiro?

SC: O caso especifico do Branco Sai, Preto Fica foi um desafio surpreendente. O filme teve um engajamento do público muito bom. Com pouquíssimo investimento na distribuição, alcançamos até o momento um público de quase 14 mil pessoas. São diversos os fatores que levam um filme desses conquistar este público: a data de lançamento é muito importante, a divulgação, o trailer nos cinemas, o cartaz, a crítica, e, é claro, o filme. Todos os aspectos são relevantes. Qual a resposta do público ao filme em si? O boca a boca, na distribuição independente, é sempre um dos fatores mais importantes.

 

CF: Qual é a importância do Festival Path nessa aproximação com o público, uma vez que o evento exibe, na sua grande maioria, obras que são ainda menos vistas – os médias e curtas-metragens?

SC: Estamos bastante interessados no que o evento representa. Ele é voltado a um público de arte, mas não apenas de cinema; a exibição dos filmes acontece em um lugar que não costuma ter filmes. Parece uma oportunidade muito interessante para trazer um público diferente ao cinema.

 

Serviço

Festival Path – Mostra de Cinema

Local: Instituto Tomie Ohtake (Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros – São Paulo – SP)

Data: 25 e 26 de abril de 2015

Site: http://www.festivalpath.com.br/2015/filmes/

Entrada gratuita (por ordem de chegada)

 

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>>> Conheça a trajetória da Vitrine Filmes

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