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À Procura, de Atom Egoyan

18/10/14 às 11:56 Atualizado em 08/10/19 as 20:28
À Procura, de Atom Egoyan

É possível tentar analisar o novo filme de Atom Egoyan através de diferentes prismas, mas em nenhum deles o trabalho consegue ser minimamente bem-sucedido. À Procura é falho como filme de suspense, como estudo de personagem e como visão poética a respeito de um tema tabu (pedofilia).

O longa-metragem conta a história de uma criança raptada aos nove anos de idade. Quase uma década depois, uma equipe de policiais descobre pistas sobre o paradeiro da agora adolescente Cassandra.

Em vez de trazer uma narrativa linear, o roteiro esclarece em qual local a garota está e quem é o autor do crime logo no início. Essa escolha por colocar o espectador um passo à frente de outros personagens é comum em suspenses e muito bem utilizada por mestres como Alfred Hitchcock. Em À Procura, no entanto, ela tira força do filme justamente pela fragilidade de todo o restante.

A montagem fragmentada e o vai e vem no tempo pouco servem para enriquecer o filme. As revelações decorrentes dessa opção – como a existência de uma câmera oculta – não são suficientes para tornar o trabalho mais interessante.

Da mesma maneira, o roteiro cria situações pouco verossímeis e tenta justificar psicologicamente a ação de seus personagens da pior maneira possível. A cena em que a câmera de um laptop permanece ligada, a ridícula perseguição de carros e o discurso em que a policial vivida por Rosario Dawson relembra as dificuldades de sua infância são alguns dos momentos constrangedores.

Como não passa de um filme genérico e mal planejado no quesito suspense, o trabalho poderia se enriquecer de outras maneiras. Havia espaço, por exemplo, para aprofundar a ambígua relação da garota com o sequestrador ou para explorar com mais nuances o sofrimento do personagem de Ryan Reynolds (único que se salva no elenco). No entanto, as opções para o final tomadas por Egoyan só servem para atestar o fracasso do filme.

Nota: 3,0/10 (Ruim)

 

Sessões do filme na 38ª Mostra de São Paulo

– 23/10, às 16h25, no Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 1

– 25/10, às 15h40, no Espaço Itaú de Cinema – Augusta 1

– 27/10, às 21h30, no Cinemark Shopping Villa-Lobos – Sala 2

– 28/10, às 16h, no Cine Sabesp

– 29/10, às 19h, no Cinemark Metrô Santa Cruz – Sala 9

 

>>> Acompanhe a cobertura do Cine Festivais para a 38ª Mostra de São Paulo

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