O X Janela Internacional de Cinema do Recife chegou ao fim neste domingo (12) e revelou os seus premiados. Entre os longas-metragens, o prêmio principal foi para Jovem Mulher, da diretora francesa Léonor Serraille, trabalho que ganhou em maio o prêmio Camera d’Or (para cineastas estreantes em longas). O júri, formado pelo crítico e pesquisador Carlos Alberto Mattos, pela diretora Gabriela Amaral Almeida e pela realizadora e professora alemã, radicada na Argentina, Nele Wohlatz, justificou o prêmio “pelo conjunto de qualidades de direção, roteiro e atuações; pela economia precisa das imagens com que é contada a jornada de uma mulher que, ao descobrir-se estrangeira em seu próprio país, passa a fortalecer-se com suas perdas e o desapego até encontrar sua autonomia”.
Formado pelo crítico de cinema, professor e jornalista Heitor Augusto, pela professora e curadora Mariana Souto e pela realizadora Milena Times, o júri de curtas nacionais elegeu o filme Deus (RS/SP), de Vinícius Silva, como o melhor da seção competitiva, e justificou a honraria desta forma: “Por navegar com segurança e sensibilidade entre um retrato duro do cotidiano e a construção de afeto e ternura, por meio de um olhar que não hierarquiza ambas as instâncias; pela habilidade de encenar a intimidade (entre mãe e filho, protagonistas negros, algo ainda urgente no cinema brasileiro), pela atenção à geografia de um bairro e de uma casa; por evitar cair tanto num miserabilismo social voyeurista quanto num lúdico esvaziado e domesticado”.
Conheça a seguir a lista completa dos premiados do X Janela Internacional de Cinema do Recife.
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS
Melhor Longa: “Jovem Mulher” (França/Bélgica), de Léonor Serraille
Melhor Montagem: “Que o Verão Nunca Mais Volte” (Alemanha/Geórgia), de Alexandre Koberidze
Melhor Som: “A Fábrica de Nada” (Portugal), de Pedro Pinho
Melhor Imagem: “As Boas Maneiras” (Brasil/França), de Juliana Rojas e Marco Dutra
Menção Especial: “Baronesa’ (Brasil), de Juliana Antunes
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTA-METRAGEM INTERNACIONAL
Melhor curta internacional: “La Bouche” (França), de Camilo Restrepo
Melhor Imagem: “Pussy” (Polônia), de Renata Gasiorowska
Melhor Som: “Impossible figures and other stories II” (Polônia), de Marta Pajek
Melhor Montagem: “Borderhole”(México/Estados Unidos/Colômbia), de Amber Bemak e Nadia Granados
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTA-METRAGEM NACIONAL
Melhor curta nacional: “Deus” (RS/SP), de Vinícius Silva
Melhor imagem: “Travessia” (BA), de Safira Moreira
Melhor montagem: “Pele suja, minha carne” (RJ), de Bruno Ribeiro
Melhor Som: “Nada” (MG), de Gabriel Martins
Menção Honrosa/Especial do Júri: “Nada” (MG), de Gabriel Martins
Menção Honrosa (Pelo fim da Cordialidade): “Experimentando o vermelho em dilúvio” (RJ), de Michelle Mattiuzzi
PRÊMIO JANELA CRÍTICA
Melhor curta nacional: “Travessia” (BA), de Safira Moreira
Melhor curta internacional: “La Bouche” (França), de Camilo Restrepo
Melhor Longa: “Era uma vez Brasília” (DF), de Adirley Queirós
Menção Honrosa: “Pele suja, minha carne” (RJ), de Bruno Ribeiro
PRÊMIO ABD (Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas de Pernambuco – ABD/PE)
“Deus” (RS/SP), de Vinícius Silva
Menção Honrosa: “Travessia” (BA), de Safira Moreira
PRÊMIO OFERECIDO PELO PORTOMÍDIA (120h de estúdio para finalização de imagem e/ou som concedido para o melhor filme pernambucano do festival)
“O Olho e o Espírito” (PE), de Amanda Beça
PRÊMIO CANAL BRASIL
“Experimentando o vermelho em dilúvio” (RJ), de Michelle Mattiuzzi
PRÊMIO FEPEC (Federação Pernambucana de Cineclubes)
Melhor Filme para Reflexão: “Deus” (RS/SP), de Vinícius Silva
Menção Honrosa: “Experimentando o vermelho em dilúvio” (RJ), de Michelle Mattiuzzi
PRÊMIO JÚRI ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)
“Que o Verão Nunca Mais Volte” (Alemanha/Geórgia), de Alexandre Koberidze
PRÊMIO JOÃO SAMPAIO PARA FILMES FINÍSSIMOS QUE CELEBRAM A VIDA
“66 Cinemas” (Alemanha), de Philipp Hartmann