Protagonizado por Regina Casé e dirigido por Anna Muylaert, o longa-metragem Que Horas Ela Volta? é o indicado brasileiro para concorrer ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira no Oscar 2016, promovido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e a escolha do filme foi realizada por uma comissão formada pelo cineasta Daniel Ribeiro; pelo assessor internacional da Ancine, Eduardo Valente; pelo ministro do departamento cultural do Ministério das Relações Exteriores, George Torquato Firmeza; pelo diretor de arte Marcos Flaksman; pelo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Pola Ribeiro; pelo jornalista Rodrigo Fonseca; e pela presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual, Silvia Rabello.
Outros sete filmes estavam inscritos para disputar a indicação do País: A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante; Alguém Qualquer, de Tristan Aronovich; Campo de Jogo, de Eryk Rocha; Casa Grande, de Fellipe Barbosa; Entrando Numa Roubada, de André Moraes; Estrada 47, de Vicente Ferraz; e Estranhos, de Paulo Alcântara.
Que Horas Ela Volta? estreou no último dia 27 de agosto no circuito comercial brasileiro, mas sua trajetória de sucesso de público e crítica começou bem antes. No primeiro semestre, o trabalho conquistou um prêmio especial do júri do Festival Sundance (EUA) para o trabalho das atrizes Regina Casé e Camila Márdila; no Festival de Berlim, o público o elegeu como o melhor filme de ficção da seção Panorama. Atualmente, o trabalho está em cartaz em países como França, Itália e EUA.
No filme de Muylaert, Regina Casé interpreta Val, uma empregada doméstica de uma família abastada de São Paulo que vê sua rotina mudar quando a filha, que ela não vê há anos, anuncia que está indo morar com ela para poder prestar o vestibular na capital paulista.
A última vez que o Brasil teve um filme indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro foi em 1999, com Central do Brasil, de Walter Salles. Também concorreram ao prêmio O Pagador de Promessas (1963), de Anselmo Duarte; O Quatrilho (1996), de Fábio Barreto; e O Que É Isso, Companheiro? (1998), de Bruno Barreto.
