Acontece nesta quinta (20) a abertura da 10ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte. A sessão inaugural, marcada para as 20h, no Teatro Sesiminas, exibe o filme mineiro Elon Não Acredita na Morte, dirigido por Ricardo Alves Jr., que recentemente foi exibido no Festival de Brasília e obteve o Candango de Melhor Ator para Rômulo Braga.
Até o dia 27, o evento vai projetar, em sessões gratuitas, 57 filmes nacionais e internacionais, em pré-estreias e retrospectivas (35 longas, um média e 21 curtas) em 50 sessões de cinema em cinco espaços da cidade – Cine Humberto Mauro, Cine 104, MIS Cine Santa Tereza, Sesc Palladium e Teatro Sesiminas. Haverá também debates, diálogos, oficinas, Mostrinha de Cinema, sessões cine-escola e atrações artísticas.
A retrospectiva presta uma homenagem a João César Monteiro (1939-2003), um dos grandes nomes do cinema em Portugal. Serão apresentados oito de seus longas-metragens, entre eles Branca de Neve (2000) e Recordações da Casa Amarela (1989).
O público poderá assistir a filmes vindos de 13 países – Portugal, França, EUA, Moçambique, Dinamarca, Argentina, México, Espanha, Paraguai, Bolívia, Reino Unido e Japão. Do Brasil, serão exibidas produções em pré-estreias de nove estados – Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraíba e Ceará.
A seleção nacional faz recorte de títulos significativos exibidos recentemente em festivais nacionais, como Rifle, de Davi Pretto, vencedor do Prêmio da Crítica de melhor filme no último Festival de Brasília. Entre os trabalhos estrangeiros, o destaque é a exibição de A Canção do Pôr do Sol, do cultuado diretor inglês Terence Davies.
Na seção Diálogos Históricos, que acontece pelo terceiro ano durante a CineBH, o convidado é o crítico italiano Adriano Aprà. Fundador da revista Cinema e Film e autor de diversos livros, Aprà é um dos nomes mais respeitados da reflexão cinematográfica em todo o mundo. Aos 75 anos, ele estará em Belo Horizonte para três sessões no Cine Humberto Mauro, com filmes que ele mesmo selecionou. As exibições serão seguidas de bate-papo com Aprá. Os títulos são: Gertrud (Carl Dreyer, Dinamarca, 1964); Crisântemos Tardios (Kenji Mizoguchi, Japão, 1939); e O Eclipse (Michelangelo Antonioni, Itália, 1962).
Na seleção de curtas e médias, 22 filmes selecionados fazem um apanhado das infinitas possibilidades do formato e reúnem títulos ainda de pouco trânsito nos festivais, fazendo da mostra um espaço de descoberta. Alguns dos filmes selecionados são A Propósito de Willer (Priscyla Bettim e Renato Coelho, São Paulo), Galeria Presidente (Amanda Gutiérrez Gomes, São Paulo), Hierba Buena (Fábio Carvalho, Minas Gerais), Não me Prometa Nada (Eva Randolph, Rio de Janeiro), O Brado Retumbante (Fábio Rogério e Marcelo Ikeda, São Paulo) e Represa (Milena Times, Pernambuco).
Outras informações sobre o festival podem ser obtidas no site oficial. O Cine Festivais estará em Belo Horizonte para a cobertura da 10ª CineBH.