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Duas Mães, de Anne Zohra Berrached

20/10/13 às 21:07 Atualizado em 08/10/19 as 20:30
Duas Mães, de Anne Zohra Berrached

Com um final polêmico e problemas de projeção, este longa alemão teve uma sessão bem conturbada neste sábado (19) no Espaço Itaú do shopping Frei Caneca. Enalteço isso porque foi o aspecto mais impactante da exibição, tendo em vista o quanto o filme em si foi apenas morno.

No longa, Katja e Isabella começam a procurar clínicas de fertilidade para ter um filho, mas esbarram em inúmeros entraves burocráticos da Alemanha, que tem legislação ineficiente (para não dizer extremamente preconceituosa) no que diz respeito a casais homossexuais. Buscando diferentes abordagens e candidatos, a procura parece não ter fim – e, quando soluções aparecem, muitas vezes as barreiras são impostas dentro do próprio casal.

O brilho do longa atinge ápice na relação entre as protagonistas (interpretadas por Sabine Wolf e Karina Plachetka), que encantam como um casal ora apaixonado (seja na cama ou na clínica), ora em pé de guerra por divergências sobre o peso da maternidade e o papel de cada uma dentro do plano – sobretudo havendo um “intruso” paterno.

Apesar do assunto oportuno e das cenas sublimes de amor entre Katja e Isabella, Duas Mães não consegue justificar a ida ao cinema. O problema não está na direção, na atuação ou na montagem, que enquanto não são formidáveis, também não prejudicam o resultado geral. A falha do longa está no roteiro, que deixa muitas questões fundamentais em aberto. Isso não ocorre de uma forma saudável para o filme, mas sim de uma maneira aparentemente blasé, transparecendo falta de comprometimento ou ausência de tese.  Se a intenção era apenas indicar que não existe resposta fácil para esse imbróglio, faltou talento para deixar isso claro.

Nota: 5/10 (Ruim)

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