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“Somos contadores de histórias, e não diretores de terror”

25/01/16 às 18:15 Atualizado em 20/11/19 as 15:07
“Somos contadores de histórias, e não diretores de terror”

Pelo segundo ano consecutivo, a Mostra de Tiradentes abriu espaço para filmes de horror em sua Sessão Bendita. Depois de As Fábulas Negras, em 2015, o escolhido do gênero desta vez foi O Diabo Mora Aqui, exibido em sessão que começou já na madrugada do último domingo (24), mas que nem por isso deixou de atrair um ótimo público para o Cine Tenda.

O filme de Dante Vescio e Rodrigo Gasparini, assim como a antologia capitaneada por Rodrigo Aragão, aproveita elementos da história e do folclore brasileiro para trabalhar com características tradicionais do gênero. Na história, uma maldição vinda da época da escravidão entra no caminho de quatro jovens que só desejam se divertir em uma casa de campo.

Em longa conversa com o Cine Festivais, os diretores do filme e o produtor Marcel Izidoro falaram a respeito das particularidades do projeto, que fez a sua estreia mundial no último Festival de Sitges, na Espanha.

 

Cine Festivais: Esse é o segundo ano em que a Mostra de Tiradentes faz a Sessão Bendita. No passado, os filmes de horror brasileiros tinham muito mais dificuldade para entrar mesmo nesse nicho de festivais grandes. Qual é a opinião de vocês sobre a inserção do gênero nesses eventos?

Marcel Izidoro: Eu acho que a galera está finalmente entendendo que o filme de gênero é um filme importante. Grandes mudanças tecnológicas e narrativas vieram do cinema de gênero. Lá atrás, um dos primeiros filmes que Thomas Edison fez foi de gênero, o Frankenstein.

O filme de gênero tem uma certa importância que sempre foi deixada de lado pelos temas que a gente trata. E acho que hoje no Brasil o pessoal está vendo que ele é um cinema comercial, que tem um público e tem realizadores muito competentes. Penso que é muito mais o mercado e o público de festivais entendendo algo que a gente já sabe há um tempão, do que a gente conseguindo entrar.

Eles estão recebendo a gente muito de braços abertos porque o (Rodrigo) Aragão, a gente, o Kapel (Furman), muitos diretores estão indo para festivais muito grande do exterior, e agora é a hora de eles olharem para dentro, né?

Para a gente foi muito bom pegar essa época, esse movimento ascendente, porque os realizadores estão bem, os filmes estão bem, estão viajando bastante para festivais do exterior, estão sendo muito bem recebidos, e aqui agora o pessoal está vendo que é um gênero tão forte quanto os outros.

 

CF: Em outra entrevista que vocês concederam ao Cine Festivais vocês falaram que gostariam de fazer um tipo de cinemão, com “filmes legais”. Muitas vezes até equivocadamente, a Mostra de Tiradentes, principalmente a Mostra Aurora, é tida por alguns como espaço para filmes “cabeçudos”, herméticos. Como que vocês se veem inseridos nesse ambiente?

Rodrigo Gasparini: Bem, eu acho que a gente não queria um filme “cabeçudo” em nenhum momento, e ficamos muito felizes que nosso filme estava aí e que a uma da manhã a sala estava quase cheia. Eu não consigo imaginar outro filme, senão um de terror, que pudesse ter um atrativo tão grande para que as pessoas estivessem lá num sábado a uma da manhã. Acho que com algum drama, alguma coisa talvez mais “cabeçuda”, talvez você nem sequer teria público nesse horário.

Então acho ótimo a gente poder realizar filmes legais, que você pode ver independentemente de quanto você sabe de cinema. Quando você fala filme “cabeçudo” a gente entende como filmes que são quase acadêmicos, no sentido de que você tem que trazer já uma bagagem muito grande. Porque o público médio está acostumado com um filme de gênero mesmo, com comédia, terror. Acho que com um filme de público você tem um acesso muito grande a todo mundo, desde a tiazinha da cantina até a pessoa que tem mais conhecimento sobre cinema. É uma coisa mais universal.

 

CF: Ao mesmo tempo a gente sabe que a distribuição de filmes no Brasil é completamente esquizofrênica, e mesmo filmes que eram para ser populares não conseguem ter esse tipo de espaço. É claro que vocês têm essa intenção de fazer um filme que o público goste, mas ao mesmo tempo você não sabe onde este público está. Como vocês encaram esta questão?

MI: Quando eu comecei a desenhar a produção do filme fui fazer uma pesquisa com distribuidoras e com o mercado para ver o que estava acontecendo e como estava acontecendo. Então foi um filme que a gente desenhou muito para a sala de cinema, mas queríamos que ele também pudesse funcionar, pensando tecnicamente, na TV, no VOD, exatamente porque a gente sabe que, como é um filme pequeno de terror, as distribuidoras não iriam apoiar de primeira.

Agora isso já está mudando com o sucesso do filme em festivais. O bom das redes sociais hoje em dia é que você consegue ver de onde a galera está querendo ver o filme, de onde a galera está chamando. A gente tem sucessos pontuais no cinema brasileiro, como o Cine Holliúdy, que é um filme de gênero, para ver onde que o filme acontece.

Nosso filme eu imagino que vai ser um lançamento muito parecido com esse, não é um filme de shopping. Não estamos pensando em estrear em uma sala inteira, cinco sessões por dia, para ficar uma semana. Acho melhor ficar um mês em cartaz com uma sessão por dia, sabe? Para você pegar a molecada e ir, porque é um filme de molecada, da galera que vai ir, vai comprar pipoca, vai pro bar antes e depois, e vai se divertir. Se a gente conseguir fazer a galera entender isso, o que é muito difícil, acho que a gente consegue (alcançar o público).

 

CF: A ideia é lançar esse ano?

MI: Sim, a gente já está em discussões bem avançadas com as distribuidoras e estamos fazendo esse desenho de lançamento, porque não adianta nada a gente lançar um filme para ele “morrer”. Em um ano em que foram lançados 120 filmes, para a gente não é muito legal ser mais um nessa lista da Ancine. Então, já que a gente fez o filme todo diferente, vamos lançar diferente também. Vamos fazer esse teste.

 

CF: No ano passado passou aqui em Tiradentes o filme As Fábulas Negras, que também tem essa ideia de retomar a mitologia brasileira, lendas locais. Queria que vocês comentassem a relação que possuem com o cinema do Rodrigo Aragão e que diferenças e semelhanças vocês apontam entre os tons desse filme e O Diabo Mora Aqui, que são projetos que trazem a intenção de virarem “franquias” e terem continuações.

Dante Vescio: Eu acho que a principal semelhança realmente é o lance folclórico, mas a grande diferença é uma preocupação técnica que a gente teve com O Diabo Mora Aqui. O Fábulas, por mais que seja um filme muito da hora, muito legal, ele cai para um terror um pouco mais trash, um pouco mais escrachado, é até um filme meio cômico. O Diabo vai por um viés um pouco mais sério, com uma preocupação com a criação de atmosfera um pouco mais intensa. Tem uma preocupação maior com a fotografia, com toda uma construção de atmosfera. Acho que essas são as principais diferenças.

RG: A gente está dando várias entrevistas ultimamente, e o Rodrigo Aragão e o Zé do Caixão geralmente são muito citados. O que eu posso te dizer é que eu vi os filmes, sabe, mas eu não me considero um cara de terror, nem eu nem o Dante. A gente curte vários gêneros. Então eu não sinto que a gente está andando na tradição tanto do Rodrigo Aragão, quanto do Zé do Caixão.

Acho que eles são muito importantes, pioneiros, mas eu não sinto que a gente está seguindo o que eles estão fazendo. Existem essas semelhanças em relação ao folclore, mas eles não são grandes inspirações ou grandes exemplos para a gente. Nós somos relativamente novos, então quando o Rodrigo Aragão estava fazendo o seu primeiro filme nós éramos molequinhos, e a gente viu os filmes nessa época, e os molequinhos não gostavam. Os menininhos ainda existem em nós, e a gente tenta fazer um filme que eles gostem, e isso não segue muito uma ligação com o Aragão ou o Zé do Caixão.

 

CF: Seria uma ligação mais com o cinema americano dos anos 70 e 80?

RG: A gente é muito influenciado pelo cinema americano, mas não só. A gente é maluco por filmes, tem uma coleção gigante. Éramos aqueles meninos que iam caçar coisas em acervos, locadoras, então a gente acabou vendo muita coisa que nos marcou na época de formação.

Teve um tempo em que a gente viu O Bebê de Rosemary e viu algum filme nacional que tinha, entende? Acabou ficando mais marcado, sei lá, o Evil Dead, coisas que quando a gente viu como molequinhos a gente gritava.

Só queria falar sobre o público que eu acho que não é que a gente não sabe onde eles estão, são eles que não sabem da gente, tá ligado? Porque é só uma questão de marketing. Se a gente tivesse um grande dinheiro para fazer um marketing que nem o d’Os Vingadores, como que as pessoas não saberiam? Talvez fosse um fracasso também de bilheteria, mas quantos filmes brasileiros eu descubro depois de um tempo e falo: “nossa, esse filme existia?”. Esses dias eu vi um pôster de um filme brasileiro que parecia o Peter Pan, e eu, que trabalho com isso, não conhecia.

Eu lembro que quando eu era adolescente saiu o Homem-Aranha 2, e no trem que eu ia para a faculdade a galera estava falando do filme. Pessoas de todos os tipos de classes, porque ele é trabalhado como um produto, você cria um hype, mas aí eles têm muito dinheiro, e é claro que um filme pequeno tem que pensar diferente.

 

CF: Vocês disseram sobre a preocupação com o apuro técnico, eu queria saber o quanto vocês acham que isso passa pelo orçamento do filme.

MI: Eu produzo muito, sou diretor também, e acho que hoje não tem desculpa para você fazer um filme desleixado. Tem muito celular melhor que câmera de dois ou três anos atrás. O cinema é uma linguagem como qualquer outra, se você não estudar e praticar a linguagem, você não vai falar. É como você querer falar inglês e só frequentar a escolinha, a fluência não vai rolar.

Os meninos são cinéfilos, sempre me impressiono com a referência de filmes que eles têm. Isso traz um apuro, e eles estão sempre filmando, fazendo curtas. Isso é muito importante. O que eu vejo muito dos realizadores brasileiros no geral é que tem sempre uma desculpa, “não tenho câmera”, “não tenho dinheiro”, mas hoje não tem desculpa. Tem torrent, tem Netflix, tem tutoriais no Youtube. Então quando eu encontrei alguém que pensava como eu, que foram eles, eu sabia que o filme iria ficar bonito. Uma coisa que eu sinto falta no Brasil é que os filmes têm cara de TV, de outra coisa, e aqui a gente fez um trabalho de cinema, que tem cara de filme, que é a coisa que a gente fica mais feliz.

RG: Nós produzimos outras coisas antes de se encontrar com o Marcel, mas para mim e para o Dante o importante é o tempo de preparação, porque muitas vezes não é o dinheiro que te garante esse apuro técnico. Por exemplo, a gente fez um curta chamado M for Mailbox, que trouxe a gente até aqui. Ali tem três minutos que filmamos em três diárias, e nesse tempo a gente fez videoboard, fotoboard, viu o que dava errado, então você já vai com um preparo que traz melhorias, você sabe a lente que vai levar.

 

CF: O tom de atuação nos filmes de horror pode determinar se um trabalho adota um viés trash ou uma outra linhagem. Como foi o trabalho de vocês na escolha e na direção do elenco?

DV: Acho que antes de tudo esse tom mais naturalista dos diálogos dos personagens veio desde o roteiro, ali a gente já via que havia espaço para personagens que não são tão comuns no terror brasileiro. A gente teve que fazer jus a esse roteiro, e o principal objetivo sempre foi achar um elenco que parecesse gente normal, que não tivesse cara de ator. Não queríamos uns teenagers super lindos e maravilhosos como você vê nos filmes americanos, sabe?

E aí quando a gente achou essa galera capaz de trazer essa naturalidade trabalhamos para trazer esse lado cada vez mais à tona. A maioria deles vem do teatro, de musicais, de TV, e a gente fez muita questão que eles quebrassem os vícios de atuação de teatro e TV. Atuação de musical até que fica um pouco, porque tem o lance do timing, mas a gente focou muito nos ensaios para criar uma atuação bem naturalista.

RG: Sobre a questão da preparação de elenco a gente teve uma semana com eles, foi uma coisa intensa, foram todos os dias desde manhãzinha até de noite. Durante o filme a gente tinha o roteirista no set, porque o roteiro estava sendo escrito de um dia para o outro, algumas coisas foram alteradas. O Rafael Baliú (roteirista), que já tinha trabalhado com a gente, ficava conversando com os atores, passando a cena com eles, enquanto a gente preparava a cena para rodar.

Ele já sabia o que a gente achava que era o problema de cada um, qual o desafio de cada um, então ele passava isso lá com a gente. Uma coisa que a gente não queria, e talvez tenha sido um erro, foi ter um preparador de elenco. Pode ser um preconceito nosso, mas a gente queria tentar um negócio diferente. Eu acho isso uma das grandes conquistas nossas, a gente aprendeu muito com os atores, eles aprenderam com a gente, foi um processo bem enriquecedor.

 

CF: Você falou que não se considera um diretor de terror. O que você se considera?

RG: Eu e o Dante somos contadores de histórias. Se aparecesse um filme de romance, eu adoraria fazer, inclusive eu tenho um roteiro de romance. O Dante fez um curta que tem um viés muito político, que nunca que você olhando aquele filme você falaria que ele iria fazer daqui a não sei quantos anos O Diabo Mora Aqui. O primeiro curta que eu fiz é um filme infantil, que passou ano passado aqui em Tiradentes. Depois trabalhei com produção e atuando como ator de comédia.

Eu sinto que as pessoas querem rotular o mais rápido possível. Fica mais fácil para explicar: “Dante e Rodrigo, nova geração de terror”. A gente tem medo de ficar preso em um nicho porque somos novos e temos um leque grande possibilidades.

MI: Não querendo comparar à gente, mas é como falar que Kubrick era um diretor de terror porque fez O Iluminado. Não, ele fez um filme de cada gênero, fez sci-fi, drama, drama histórico… A gente gosta de cinema, de contar história. O Diabo Mora Aqui mesmo tem momentos que a gente fez para dar risada, há momentos de muito mais drama, coisas que provavelmente um diretor que só vê terror não teria dado atenção.

RG: Uma DR de dois namorados, por exemplo. Se você não está prestando atenção ao lado humano, se não tem um viés para outras coisas, você passa desapercebido, vira uma coisa: “briga lá que daqui a pouco a gente vai dar um tiro na galera, vai sair sangue”. A gente tentou ir além.

 

CF: Você acha que uma produção calcada nos editais pode gerar uma certa formatação? Quais são os contras desse modelo?

MI: O Brasil é um dos poucos países hoje que realmente têm dinheiro e que está produzindo muitos filmes com uma certa regularidade. Isso é muito impressionante, pensando que 20 anos atrás a gente nem indústria tinha. No nosso caso, eu acho que cinema de gênero é um tipo de filme que precisa de uma certa agilidade, a gente não pode entrar em formatos, ter que falar com uma empresa para dar dinheiro, ou em um edital de cinema regional.

Para mim o cinema de gênero é uma coisa muito ampla, e ele tem que ser rápido, ágil. Tem certas coisas que as empresas não comprariam, tipo sangue, sexo, ainda mais no Brasil, que é um país que a gente acha que é muito aberto e que na verdade é muito pudico.

Esse filme eu fiquei muito tempo pesquisando o mercado, investi muito de meu tempo e dinheiro para ir para mercado, conhecer produtor, sales agent, distribuidor, o pessoal da Ancine, saber porque os filmes brasileiros custam tanto. A gente construiu o filme como uma startup. Tem os sócios fundadores, que são os diretores, roteiristas, um ou outro produtor, alguns atores, todo mundo ficou sócio, e abaixo disso a gente pagou todo mundo.

Eu vejo filmes com orçamentos muito maiores em que a galera fica trabalhando de graça. No nosso a gente falou “não”. A gente tem que pagar o cara. Se ele topou trabalhar por dez reais, ele topou, mas temos que pagar. Então, em vez de fazer um edital eu fiz um plano de negócios, e agora está meio que dando certo, porque a Wild Management que é uma sales agent muito grande  na França, está levando o filme para vários festivais e vendendo a gente lá fora.

O perfil do nosso investidor é do mercado de investimento mesmo, que leu o plano de negócios e entendeu. A maioria dos produtores não tem esse traquejo, mas eles sabem inscrever em editais como ninguém, coisa que eu pessoalmente não sei.

Algumas empresas deram muito desconto para a gente, mas eu nunca pedi nada de graça. Pagamos luz com 90% de desconto, câmera com 95% de desconto, mas pagamos. Era uma coisa que eu queria deixar muito claro para todo mundo que estava trabalhando, que era um business, e agora estamos dando certo, estamos aqui (na Mostra de Tiradentes).

É um filme que só deu certo porque a gente pensou ele muito ao contrário. A gente tinha a grana, tinha a locação, e aí começamos a construir o filme em cima disso. Não foi um roteiro que a gente escreveu com 50 monstros e vampiros e falou: “a gente só tem R$ 200 mil, encaixa o filme aí”. Isso nunca iria funcionar. A gente tinha a locação e escreveu o roteiro para ela. O quarto sempre foi aquele, o porão, o quarto, a grana. Não adianta a gente querer que tivesse vampiro voando, cabeças rolando, porque não ia ter.

Quando a gente chegou para filmar estávamos muito com o pé no chão, tipo “é isso que dá para fazer, então vamos fazer bem feito”. Eu acho que uma das grandes diferenças do nosso filme é essa, a gente sonhou muito alto, mas dentro das ferramentas que a gente tinha.

 

CF: De modo geral nós somos apontados como um povo sem muita memória, até mesmo em relação a coisas não tão distantes, como a Ditadura Militar. Como vocês pretendem aproveitar essa memória brasileira nas continuações? Os diretores serão os mesmos?

MI: A ideia é muito deixar forte essa coisa de que o que é brasileiro é legal. Acho que “legal” é uma palavra que marca muito o projeto. Mesmo o filme tendo uma estrutura muito tradicional de filme de terror, com adolescentes numa casa e monstros aparecendo, é um filme que só podia ser feito aqui, por causa dos escravos, da nossa história real, mitológica, então a gente quer continuar explorando isso, criar o nosso universo em cima dessa nossa realidade.

Uma coisa que quando os gringos verem eles vão notar uma coisa nova, pois nunca essa historia foi contada, e para quando os brasileiros verem eles se identificarem lá, de uma maneira ou de outra.

Agora a gente está começando a ver os próximos projetos. É uma série de TV? É uma série de antologia? É um próximo longa? A gente mesmo não sabe. Mas a ideia é a gente continuar com a mesma equipe sempre, a gente fez uma equipe muito impressionante, e eu não queria perder isso. Demorou dez anos para eu achar essa galera que comprou essa briga, e eu acho que a gente tem aí mais dez anos, 20 anos para a frente trabalhando junto.

RG: Como eu te falei, ter um produtor é uma coisa nova. A gente sempre fez a produção de nossos trabalhos. Nós temos sim vários outros projetos, a questão é quanto tempo eles vão demorar para acontecer. Acho que a fase que a gente está aqui agora, tanto eu quanto o Dante, é tentar fugir um pouco do negócio “vocês são diretores de terror”, porque isso fecha tudo. O que tiver para aparecer agora a gente está caindo em cima.

 

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*O repórter viajou a convite da 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes

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