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Prestígio do cinema da região é crescente, diz curador do Festival Latino

26/07/14 às 13:09 Atualizado em 27/07/14 as 01:43
Prestígio do cinema da região é crescente, diz curador do Festival Latino

Até o cinéfilo mais dedicado terá dificuldades para lembrar qual foi o último filme da Guatemala a que assistiu. E o que dizer de Paraguai, Bolívia ou Panamá? A já tímida cinematografia desses países se choca com grandes obstáculos mercadológicos na sua distribuição internacional e acaba circulando pouco, mesmo entre países vizinhos, como o Brasil. O 9º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo vem aliviar um pouco tal ausência ao trazer 114 filmes da América Latina e Caribe a serem exibidos na programação que vai até dia 30 de julho. No total, são 16 países representados em salas como o CineSesc, o Centro Cultural São Paulo e a Cinemateca Brasileira.

Também voltado à discussão sobre os rumos futuros do cinema latino-americano, o festival organiza encontros, debates e laboratórios de desenvolvimento. São momentos críticos e destinados à reflexão, mas não deixam de coroar a visão do curador Francisco Cesar Filho, de que “o prestígio do cinema da região é crescente, ocupando um protagonismo que é destaque mesmo em outros eventos internacionais para o cinema latino americano”.

O aumento no número de coproduções, com diversas configurações, impressiona. Há nove anos, no começo do Festival, a Espanha, atualmente em crise econômica, era nome predominante nas parcerias. Hoje, já se tornaram habituais produções conjuntas entre Bolívia e Equador (caso de Conto Sem Fadas) ou Paraguai e Argentina (como em A Leitura de Justino). “A presença brasileira em parcerias de produção também aumentou muito. Isso não existia há 15 anos”, conta Francisco.

Para chegar à 9ª edição, o festival contou com uma equipe de curadores empenhada na visita a eventos cinematográficos em cidades como Buenos Aires e Guadalajara. A busca por bons títulos latino-americanos também contempla os mais badalados festivais internacionais, como Cannes, Roterdã e Sundance.

O exaustivo mapeamento desemboca na rede de contatos com os produtores dos potenciais filmes selecionáveis para o festival: “Tentamos equilibrar filmes que tenham alguma originalidade, propostas interessantes de linguagem ou dramaturgia, mas não trabalhamos muito nos extremos”, explica Francisco. “Hesitamos quando a obra é excessivamente experimental, mas, na outra ponta, evitamos filmes muito comerciais. Queremos montar um painel em que os filmes com boas propostas estéticas consigam se comunicar com o público de festival, interessado no novo.”

Você pode saber mais sobre o Festival e ficar por dentro da programação aqui.

 

*colaborou Ivan Oliveira

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