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Impacto da exibição norteia escolha, diz jurado de Tiradentes

28/01/14 às 01:27 Atualizado em 08/04/14 as 19:54
Impacto da exibição norteia escolha, diz jurado de Tiradentes

De Tiradentes

 

A 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes teve nessa segunda-feira (27) as primeiras exibições dos filmes das mostras competitivas Aurora e Foco, que trazem, respectivamente, sete longas e 13 curtas-metragens. As obras das duas seções serão avaliadas pelo Júri da Crítica, que é formado pelo professor da ECA-USP Rubens Machado Jr.; pelo coordenador do Curso de Cinema da Unisinos Milton do Prado; pelo realizador independente e professor do curso de Cinema e Pós-Graduação em Artes da UFJF Luis Alberto Rocha Melo; pelo cineasta, curador e coordenador do curso de Cinema da UNA Júlio Pessoa; e pela pesquisadora de cinema e artes contemporâneas Beatriz Furtado, da Universidade Federal do Ceará.

“Existe uma pluralidade de pesquisas, de investigações, de perfis, mas todos trabalham com a possibilidade de um outro cinema, que fuja um pouco do mainstream brasileiro”, afirma Júlio Pessoa, que é formado em Cinema e Vídeo pela Universidade de São Paulo (USP).

O Cine Festivais conversou com o jurado sobre as peculiaridades da Mostra de Tiradentes e sobre os fatores que influem na escolha dos vencedores. Veja a seguir os principais trechos da entrevista.

 

Perfil da Mostra de Tiradentes

“Embora tenha características comuns a outros festivais, como o financiamento público, a Mostra de Tiradentes buscou flertar com filmografias que não são contempladas pelo cotidiano dos festivais. Hoje outros eventos já recebem esses filmes, mas há obras que você só vai encontrar aqui. Isso é relevante porque abre a perspectiva de novas formas estéticas e também de produção, de olhar.”

 

Filmes independentes

“Depois do advento do digital a gente tem tido uma cinematografia pulsante que efetivamente independe do Estado. Você tem um certo tipo de “filme de galera”, em que as pessoas investem em uma filmografia que não faz parte de uma lei de incentivo ou de qualquer tipo de burocracia. É verdade que vários filmes da programação são financiados pelos mecanismos comuns, mas eu acho que a curadoria tenta equiparar esses dois tipos de produções.”

 

Inovação

“Um avanço de linguagem é uma reflexão sobre os mecanismos de expressão cinematográficos, e nada tem a ver com a reiteração daquilo que fuja ao convencional narrativo. É preciso criar uma forma expressiva que construa novos sentidos, até por que o combate vão é mais velho do que andar para frente.”

 

Escolha

“Tudo tem muito a ver com o impacto da exibição, de quando você sai com aquela sensação de que foi alvo de uma certa bordoada, de algo que fica retido dentro de você e é meio intangível. A opção por salientar novidades faz parte, mas o principal papel do júri é escolher o melhor filme (risos). Você tem que avaliar comparativamente os filmes em relação àquilo que te atrai. Às vezes você tem uma inovação pequena no sentido da linguagem, mas extremamente intensa em outras áreas. Tudo depende das características de cada filme.”

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