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História de garoto que criou seu próprio circo vai a Amsterdã

12/10/15 às 15:56 Atualizado em 18/01/17 as 15:49
História de garoto que criou seu próprio circo vai a Amsterdã

Em 2006, quando fazia uma pesquisa sobre circos itinerantes no interior da Bahia, a cineasta Paula Gomes conheceu Jonas, um menino cujos pais faziam parte do universo circense. Algum tempo depois, quando a família do garoto havia se mudado para Salvador, Paula recebeu um convite para visitar um tipo diferente de circo que surgia no local. Começava ali a história que resultou no longa-metragem Jonas e o Circo Sem Lona, selecionado há poucos dias para a competição de primeiros filmes do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (Holanda), que acontece entre os próximos dias 18 e 29 de novembro.

“Quando cheguei ali, foi como se encontrasse no sonho de Jonas um espelho dos meus próprios sonhos. Acho que cada um carrega no peito seu próprio circo. O ‘meu circo’ é o cinema. Foi a partir daí que comecei a escrever o argumento, e então embarcamos nessa aventura junto com Jonas”, conta Paula, em contato por e-mail com o Cine Festivais.

Para montar um picadeiro no quintal de sua casa, Jonas reuniu objetos que sobraram do antigo circo da família, como cadeiras velhas e pedaços de lona. Ele também teve que ensinar os meninos da vizinhança a serem artistas. Assim, o público apareceu e os espetáculos se converteram num sucesso no bairro.

Filmado em distintas etapas, durante aproximadamente um ano e meio, o documentário mostra o sucesso da iniciativa, mas também enfoca as dificuldades posteriores de Jonas em manter o funcionamento do local, incluindo aí a chegada do garoto à adolescência e a aparição de novos desafios em sua vida.

“O projeto passou por alguns fóruns e mercados, como o DocMontevideo, que foi muito importante para a gente. Depois, o projeto recebeu dois aportes internacionais muito importantes: o Prêmio TFI Latin America Media Arts Fund, concedido pelo Tribeca Film Institute (EUA), e o apoio do Bertha Foundation (Inglaterra). Foi um processo de grandes aprendizados, e o filme foi mudando muito também no decorrer das filmagens, por esse desafio que o documentário nos traz, de estarmos abertos ao que a realidade nos oferece”, diz a diretora.

No Festival de Amsterdã, que é considerado o principal evento do mundo dedicado a documentários, o Brasil também estará representado na competição de médias-metragens com o filme Aracati, de Aline Portugal e Júlia de Simone.

Para mais informações sobre o evento, acesse o site oficial do festival.

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