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Curtas & Festivais – Conheça a carreira do diretor André Novais Oliveira

28/11/14 às 02:03 Atualizado em 20/11/19 as 15:18
Curtas & Festivais – Conheça a carreira do diretor André Novais Oliveira

Com o objetivo de ouvir diretores e outros profissionais do cinema brasileiro a respeito de suas trajetórias na área, dando destaque à relação de cada um com os curtas-metragens e com os festivais de cinema, o Cine Festivais realiza o projeto Curtas & Festivais, que tem apoio institucional da Associação Cultural Kinoforum e é feito em parceria com a produtora Babuíno Filmes.

Depois da conversa com Marco Dutra (assista aos vídeos aqui), o segundo entrevistado da série é o diretor mineiro André Novais Oliveira. Com uma carreira sólida em curtas-metragens, com destaque para Fantasmas e Pouco Mais de Um Mês, André realizou recentemente o seu primeiro longa-metragem, Ela Volta na Quinta, que vai chegar ao circuito comercial brasileiro em 2015 com distribuição da Vitrine Filmes. O filme ganhou recentemente o prêmio máximo no X Panorama Internacional Coisa de Cinema, em Salvador, e na VI Semana dos Realizadores, no Rio de Janeiro.

André é sócio da produtora Filmes de Plástico, também formada pelos diretores Gabriel Martins e Maurílio Martins (sem parentesco) e pelo produtor Thiago Macêdo Correia. Desde o princípio, o grupo de Contagem (MG) se notabilizou por um forte trabalho coletivo. Quando não dirigem, Gabriel, Maurílio e André executam funções distintas nos filmes dos colegas. No curta-metragem Fantasmas, por exemplo, Maurílio e Gabriel atuaram – este último também fez câmera, fotografia e montagem -, enquanto André dirigiu, roteirizou e fez a captação de áudio.

Na entrevista concedida ao Cine Festivais em São Paulo, onde apresentou o seu longa na última Mostra Internacional de Cinema, André falou sobre o início da carreira, comentou a realização de seus principais curtas-metragens e lembrou a importância dos festivais para diretores como ele.

Na playlist abaixo você pode ver os vídeos com as principais falas da entrevista de André Novais Oliveira. Se preferir ler o que o diretor disse, transcrevemos abaixo a entrevista completa com o realizador mineiro.

 

 

Cine Festivais: Como foi o início da sua carreira e da sua relação com o cinema? Em que momento pensou em trabalhar nessa área?

André Novais Oliveira: Sempre gostei de assistir filmes e fui influenciado pelo meu irmão mais velho, Renato, que me levava aos festivais de cinema lá de BH (Belo Horizonte): o Festival de Curtas de BH e o Indie. Eu ia praticamente em todos os anos e, numa das edições do Festival de Curtas, vi um panfleto sobre a Escola Livre de Cinema, uma espécie de curso técnico, lá em Belo Horizonte, onde você estuda um ano e aprende o básico do cinema: fotografia, direção, história do cinema, etc. Resolvi fazer esse curso e lá fiz os meus primeiros curtas.

 

CF: Você, paralelamente, começou a fazer faculdade de História. Como era essa dúvida na sua mente: você pensou em trabalhar como historiador ou tinha segurança de que seria diretor de cinema?

AN: Eu fiz o curso de Cinema um pouco antes da faculdade de História, e a disciplina que eu gostava mais era a de História do Cinema, principalmente História do Cinema Brasileiro. Eu queria estudar muito mais do que aquilo. Como curso, História sempre foi minha primeira opção.

Eu lembro que um cineasta, não lembro qual, me falou que eu não precisava fazer curso de Comunicação ou de Cinema para fazer cinema, e que, às vezes, um outro curso te dá uma base humana para fazer cinema e tal. Tomei isso pra mim e resolvi fazer História, enquanto alguns amigos meus faziam o curso de cinema da UNA, que estava começando na época. Sempre tive esse medo de deixar de fazer filmes, já que eu tinha feito alguns curtas, tinha rodado meu primeiro curta, Uma Homenagem a Aluízio Netto. Mesmo assim, continuei fazendo os filmes, mesmo fazendo História. Passei a pesquisar sobre história do cinema, cheguei a conseguir uma bolsa de iniciação científica para estudar sobre a história do cinema mineiro. Fiz sobre a Escola Superior de Cinema da UCMG, primeira escola superior de cinema do Brasil, que começou em 1962. Enquanto isso, continuei fazendo cinema ao mesmo tempo.

 

CF: Seu primeiro curta, Uma Homenagem a Aluizio Netto, é um falso documentário que traz uma brincadeira com a história do cinema brasileiro. Gostaria que você falasse como foi sua realização e qual a relação do trabalho com o seu lado de historiador?

AN: Eu lembro que, nessa mesma época, antes de eu começar a fazer História, fiz uma oficina com o Carlos Augusto Calil, no Instituto Moireira Salles de BH, que acho que nem existe mais. Era sobre as primeiras décadas do cinema brasileiro. Achei muito interessante, quis estudar mais, e a partir disso que veio essa história do Aluizio Netto, de brincar com as primeiras décadas do cinema. Disso que surgiu a ideia do curta, que é misturar realidade e ficção e fazer uma brincadeira com o Cataguazes, com o Humberto Mauro, com o Mário Peixoto, etc.

 

CF: Como foi o processo de criação desse filme e qual a importância do seu estudo na Escola Livre de Cinema para o decorrer da sua carreira?

AN: Eu estava fazendo a Escola Livre de Cinema já e surgiu uma oficina lá dentro que tratava de Super-8. Ao final da oficina de dois meses, você escrevia um roteiro e, se fosse aprovado, você realizaria um filme em Super-8. Aí escrevi esse roteiro, fui aprovado e foi um processo muito legal, porque foi o primeiro filme que eu fiz na vida. Foi uma experiência sensacional filmar em Super-8 também, essa coisa da película, o som da película na câmera e tal, foi muito marcante para mim.

E foi uma experiência muito boa e tranquila, fomos a alguns festivais, ganhamos alguns prêmios e tal. Tem essa coisa de ir aos festivais, conhecer mais o mundo do cinema, as pessoas da época. Conheci o Adirley Queirós no festival de Atibaia, a experiência foi muito boa. Mas, na Escola, eu era muito fominha: pedia para participar de outras turmas, fazer outras funções e tal, desde captação de áudio, diretor de fotografia, etc. Fiz assistência de fotografia para um curta do Gabriel Martins, que é um dos meus sócios na produtora (Filmes de Plástico), e foi assim que a gente se conheceu. Essa formação foi muito importante por causa das matérias e por causa da prática. Conheci muitas pessoas e tinha essa vontade de fazer e de aprender.

 

CF: Qual foi o primeiro festival do qual você participou?

AN: Uma Homenagem a Aluizio Netto já tinha rodado alguns festivais, mas eu não pude ir porque trabalhava numa locadora chamada Videomania – outra coisa que me ajudou na minha formação –, que hoje nem existe, e não pude ir em alguns festivais. O primeiro que consegui ir foi o Festival de Cinema de Atibaia.

 

CF: Como foi trabalhar em locadora de filmes? Contribuiu para a sua cinefilia?

AN: Ajudou demais! Eu era muito fominha, queria assistir de tudo. Era uma locadora muito cultuada por ter diversos filmes de arte, com um acervo muito grande. Eles deixavam quem trabalhava lá pegar os filmes de graça, então eu pegava quantos filmes eu pudesse e passava os fins de semana assistindo filmes direto.

 

CF: Que cineastas te inspiraram nessa época de formação?

AN: Eu era – e sou ainda – muito apaixonado por escrever roteiros. Então gostava dos principais roteiristas: Billy Wilder, por quem eu tinha uma admiração muito grande, Mike Leigh também, (Abbas) Kiarostami. Eu assisti de tudo mesmo.

 

CF: Em 2009, vocês criaram a Filmes de Plástico. Como se deu o encontro com seus sócios e como esse aprofundamento de um trabalho mais coletivo influenciou no seu trabalho com cinema?

AN: O Gabriel (Martins) eu conheci na Escola Livre, tínhamos feito um curta juntos, e o Maurílio (Martins) conheci logo em seguida. A gente fez outros curtas também, ele era muito próximo do Gabriel, eles estudavam no curso de cinema da UNA. Acabei me aproximando e a Filmes de Plástico surgiu em 2009. O primeiro curta da produtora, o Filme de Sábado, foi dirigido pelo Gabriel, mas o Thiago (Macêdo Correia, produtor) não era da Filmes de Plástico ainda. Considero de total importância essa coisa de ter formado uma produtora, porque há uma troca de ideias mesmo, uma vontade muito grande de fazer custe o que custar. Foi importante em vários sentidos.

 

CF: Foi já na Filmes de Plástico que você fez o Fantasmas. Como foi o processo de criação desse curta e como a entrada na Filmes de Plástico marcou uma evolução na sua carreira em termos temáticos?

AN: Eu comecei a ser influenciado pelas pessoas que faziam cinema perto de mim. Em festivais de cinema como a Mostra de Tiradentes, conheci muitas pessoas que depois se tornaram amigas, mas eu tinha influência dessa galera que estava começando nesse momento. O Gabriel foi uma grande influência para mim. Pipocavam ideias. O Maurílio participou do Filme de Sábado atuando e eu achei muito interessante essa coisa de não atores e tal. Sei que isso é uma coisa muito antiga, mas para mim era novo ver aquilo acontecendo na tela. A partir disso, para o Fantasmas, chamei o Maurílio e o Gabriel para atuarem também. A ideia veio do nada, mas essa coisa da atuação veio muito do Filme de Sábado, por perceber que não atores podem dar um bom resultado, de ter improviso, etc.

 

CF: E essa coisa do “fora de campo” e dos diálogos sem a necessidade de mostrar tudo o que está acontecendo? Surgiu mais forte no Fantasmas também?

AN: Sim, no Fantasmas isso veio de uma forma muito autoral. Mas, a partir dali, no Pouco Mais de Um Mês, eu senti que nem sempre era preciso mostrar algumas coisas também, mas surgiu de forma natural. O Ela Volta na Quinta (primeiro longa-metragem solo de André) tem isso também.

 

CF: E essa temática mais pessoal, com o Gabriel e o Maurílio atuando, e filmes mais intimistas, sobre temas do cotidiano?

AN: Isso aconteceu de forma muito natural também. É uma coisa mais pessoal, mas fincada na ficção. Tanto no Pouco Mais de Um Mês quanto no Ela Volta na Quinta, minha namorada atua. Meus pais atuam no Ela Volta… e tal, mas sempre foi dentro da ficção.

 

CF: Gostaria que você falasse um pouco mais do Domingo, que é o curta mais documental que você fez. Como foi o processo de criação e como surgiu a ideia?

AN: Acho que foi super simples, de certa forma meio experimental. Eu queria experimentar essa coisa da foto com som e nem sempre ter um som limpo, mas às vezes um som sujo, que remetesse a câmeras digitais, em que imagens são gravadas de forma amadora e tal. Acho que o curta surgiu também muito em função do estudo de História. E essa coisa do tempo está muito no Fantasmas, no Pouco Mais de Um Mês e até no Ela Volta na Quinta. Tem sempre passado, presente e futuro ali, e eles são muito fortes. O Domingo foi isso, uma experimentação bem simples.

 

CF: Fale um pouco sobre o longa-metragem Estado de Sítio, primeiro filme em que você atuou.

AN: Foi o primeiro longa de várias pessoas que estavam fazendo cinema: eu, Gabriel, Maurílio, Samuel (Marotta), Flamingo (Flávio C. von Sperling), João Toledo, Léo Amaral e (Leo) Pyrata. Nós fazíamos muitos filmes juntos, e daí surgiu a Filmes de Plástico, que naquela época já estava funcionando, e a El Reno Fitas, que veio depois. Estado de Sítio é um filme que fala sobre o fim do mundo, que tem um quê de comédia. Foi muito importante para todos nós por ser algo de duração maior. Eu me orgulho muito desse filme.

 

CF: Em relação ao Pouco Mais de um Mês, eu vi você falar que aquela imagem da câmera escura no quarto da sua namorada meio que foi o estopim para o início do roteiro. Como se deu essa roteirização e a inserção de uma relação mais íntima no filme? Desde o início você se imaginava atuando?

AN: Não me imaginava atuando, sou muito tímido. Mas no Pouco Mais de um Mês, aconteceu de forma muito espontânea: ter uma ideia para um filme, depois ter um roteiro em que eu sentia que, para passar uma certa sinceridade , mesmo não sendo documental, deveria ser minha namorada e eu mesmo. Achei que era uma história que tinha que ser contada pela gente.

 

CF: Como foi ir para a Quinzena de Realizadores em Cannes com esse filme? Como recebeu a notícia da seleção e como foi a experiência lá no Festival?

AN: Surgiu aos poucos. O filme estreou na Mostra de Tiradentes e lá tinha uma olheira da Quinzena. Já em Tiradentes ela revelou que tinha gostado muito do filme e ficamos na expectativa, mas achando que seria uma coisa muito difícil. Quando soubemos, ficamos surpresos e muito felizes. Foi uma experiência muito boa. Essa coisa de ter ido a equipe toda…foi um momento muito bom para conhecer a Cannes de que todos falavam, ver as mostras, assistir ao máximo de filmes que aguentávamos. E a aceitação lá foi muito bacana. Ter ganhado a menção foi um bônus que não esperávamos.

 

CF: O que mudou na sua carreira a partir de então?

AN: Eu sinto que as pessoas ficaram mais interessadas não só em mim, mas no trabalho da Filmes de Plástico. Os outros curtas que fizemos tiveram mais visualizações no Vimeo, por exemplo, deu para notar isso. A repercussão de mais gente saber do seu trabalho e esperar mais coisas feitas por você é ótima.

 

CF: Como é a sua relação com os festivais de cinema? Você comentou que, no início da sua carreira, a Mostra de Tiradentes, principalmente, foi importante para conhecer novos diretores, novos filmes e fazer contatos benéficos à sua carreira no futuro. Como era esse ambiente e qual a importância disso para o começo da sua carreira?

AN: Acho que foi importante, no começo da Escola Livre, essa coisa de os professores falarem muito que, para fazer cinema brasileiro, você primeiro tem que conhecer o cinema brasileiro. Isso de procurar filmes brasileiros foi essencial para os filmes que já fiz e que vou fazer.

Tiradentes foi importante por vários motivos. Como a localização é bem perto de BH, a gente sempre brincava que era o nosso Carnaval. Ao invés de ser fevereiro, era em janeiro. Vários festivais foram muito importantes para a formação e para conhecer pessoas. Acho que não é só com a gente, aos poucos você faz filmes com pessoas de vários estados e você as conhece nos festivais. Tem pessoas que trabalham com a gente que conhecemos em festivais de outros estados. Às vezes não é só fazer filmes juntos, mas ter alguém do Ceará que está finalizando um corte e envia para você assistir e fazer algum comentário. Isso é muito bom e surge dos festivais.

 

CF: O espaço do curta-metragem está muito restrito ao circuito dos festivais. Como você vê o cenário dos festivais? É algo pouco valorizado, mais restrito ao cinéfilo?

AN: Geralmente sim, alguns abrem um leque maior, mas o curta está muito na internet também. Há algumas iniciativas, como a da própria Vitrine Filmes, de colocar filmes em cartaz com um curta antes do longa, etc. Eu sinto que as coisas vão melhorando. As TVs por assinatura estão deixando mais espaço para curtas e para filmes brasileiros como um todo. Mas a janela maior dos curtas é nos festivais mesmo.

 

CF: Entre os brasileiros, qual foi o festival mais marcante para a sua carreira e o festival para o qual você mais gosta de ir?

AN: O Janela Internacional de Cinema, em Recife, é, para mim, um dos mais importantes do Brasil. Vou pela terceira vez agora em 2014. Tem a Mostra de Tiradentes, de que eu já falei, o próprio Festival de Brasília. E tem festivais menores que tem um pensamento cinematográfico importante. O Indie, lá de BH, que tem um braço em São Paulo, traz retrospectivas muito importantes para a formação do público. O Fórum Doc, que é um festival excelente em BH. O Panorama, de Salvador. São vários.

 

CF: Qual a sua relação com o formato de curta-metragem e como se deu a transição para o formato do longa? Em termos de linguagem, o que mais muda? O que é mais difícil?

AN: O que todos falam, do curta ser um espaço para experimentação, eu acho muito forte. Eu concordo, mas sinto que o longa também é espaço para experimentar formas de narrar uma história e tal. O que eu senti de mais difícil foi essa quantidade de dias para gravar um longa. O Ela Volta na Quinta a gente filmou em 15 dias, com dois dias de folga. Eu fiquei muito cansado. Mas acho que a forma de fazer é a mesma. Entre a equipe do Pouco Mais de Um Mês e a do Ela Volta na Quinta foram poucas mudanças. O processo foi muito parecido. Essa coisa do cansaço é uma coisa que agrava, mas é algo muito prazeroso também.

 

CF: Você pretende continuar fazendo curtas? Acha importante?

AN: Eu acho possível, pretendo fazer outros curtas. Acho que não tem muito essa coisa de divisão não. Se eu tenho uma ideia que cabe num curta, eu farei. Se eu tenho uma ideia que cabe num longa, eu farei. Depende da ideia.

 

CF: A Filmes de Plástico costuma trabalhar com orçamentos bem reduzidos. Quais são as maiores dificuldades de se fazer cinema no Brasil e como isso se reflete na estética dos filmes?

AN: Isso está mudando um pouco. Geralmente fazíamos filmes sem orçamento ou com orçamento muito reduzido, tirando do próprio bolso e tal. Mas agora estamos revezando: um filme sem orçamento, outro com dinheiro de edital. Mas mesmo ganhando edital, às vezes é complicado quando você quer pagar bem a todos. São as dificuldades do cinema brasileiro como um todo.

 

CF: Em relação à estética e temática dos filmes, você continuará fazendo filmes intimistas? Seu modo de produção pode mudar? Como isso afetaria o seu cinema?

AN: Eu sinto que essa coisa de ser intimista está nos filmes que estou fazendo agora, mas não me vejo fazendo esse tipo de filme sempre. Eu tenho ideias diferentes e meus curtas anteriores a esses são diferentes desses. O novo que eu estou acabando de montar tem uma mistura de realismo fantástico com naturalismo, etc. Eu me vejo fazendo outros tipos de filmes, não gostaria de me limitar a um certo estilo, não. E às vezes a ideia pede um orçamento maior ou menor, depende do que vier.

 

CF: Em relação à Filmes de Plástico, gostaria que você comentasse sobre os coletivos de cinema que fazem filmes sem muitos recursos. Como você vê o momento desse cinema brasileiro e com quais desses realizadores você mais se identifica?

AN: São muitos. O que posso falar é que estamos num momento muito bom. Acho que não precisa colocar nomes, mas o momento de produção é ótimo, eu me identifico muito com vários filmes e tenho uma admiração muito grande por vários cineastas. O Adirley Queirós é, para mim, incrível como pessoa e como cineasta. Mas vários outros: Marcelo Pedroso…se eu for falar serão muitos, mas minha maior infuência é o cinema brasileiro contemporâneo. Eu gosto de ver tudo e sou influenciado pelos meus próprios amigos, pelo meio em que estou.

 

CF: Quais são seus próximos projetos?

AN: Tem o Quintal, que é o curta que estou finalizando. Vamos ver o que vai dar. E tem outros projetos que estão bem no início. E gosto de trabalhar em filmes de outros também. Geralmente, quando não dirijo, gosto de fazer assistência de direção em outros longas. Está por vir o novo filme do Gabriel e do Maurílio, por exemplo.

 

* Colaborou Ivan Oliveira

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