Em cerimônia na noite desta terça-feira (23), o longa-metragem Branco Sai, Preto Fica, de Adirley Queirós, foi o principal vencedor da noite e ficou com o prêmio de melhor filme do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, além dos troféus de melhor ator (Marquim do Tropa) e direção de arte (Denise Vieira).
Brasil S/A, de Marcelo Pedroso, ganhou o maior número de prêmios, cinco, como melhor direção, roteiro (Marcelo Pedroso), trilha sonora (Mateus Alves), som (Pablo Lamar) e montagem (Daniel Bandeira). Também foram premiados os filmes Ela Volta na Quinta (ator e atriz coadjuvante), Ventos de Agosto (atriz e fotografia) e Sem Pena (melhor filme pelo júri popular).
Entre os curtas-metragens, Sem Coração, de Nara Normande e Tião, ganhou os prêmios de melhor filme, direção e montagem. Loja de Répteis, de Pedro Severien, também levou três estatuetas (melhor fotografia, direção de arte e trilha sonora). Melhor atriz em longa-metragem no último Festival de Brasília por Amor, Plástico e Barulho, Maeve Jinkings agora recebeu o prêmio de atuação entre os curtas pelo filme Estátua!, de Gabriela Amaral Almeida, que também recebeu o prêmio de melhor roteiro.
Cineastas unidos
Antes da entrega dos prêmios, diretores, produtores e outros integrantes das equipes dos longas-metragens da mostra competitiva do Festival de Brasília se reuniram para assinar um documento conjunto chamado de Carta de Brasília, na qual eles sugerem mudanças na lógica de distribuição financeira dos prêmios.
“O valor atribuído ao prêmio de melhor longa-metragem, totalizando R$ 250 mil, representa uma disparidade em relação aos valores distribuídos pelos demais prêmios, contribuindo para a criação de um clima de competitividade exacerbada entre os filmes seus representantes”, diz a carta, lida no palco pelo produtor Thiago Macêdo Correia, de Ela Volta na Quinta.
“Desconfortáveis com a concentração de recursos num único prêmio, os diretores, produtores e integrantes das equipes dos longas decidiram, antecipadamente e por unanimidade, dividir o valor de R$ 250 mil em seis partes iguais que serão distribuídas entre os filmes que estiveram em competição. O gesto proposto pelos realizadores este ano serve como sugestão de uma partilha futura dos recursos hoje concentrados no prêmio de longa-metragem. Entendemos que uma distribuição de verba entre os filmes, a título de pagamento de direitos de exibição, associada a um prêmio em dinheiro para o melhor filme, representaria uma forma mais isonômica de emprego do valor”, diz a conclusão do documento.
Conheça a seguir a lista completa de premiados.
MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE LONGA-METRAGEM
Melhor filme (R$ 250.000,00) – Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
Melhor filme pelo júri popular (R$ 50.000,00) – Sem pena, de Eugenio Puppo
Melhor direção (R$ 30.000,00) – Marcelo Pedroso, por Brasil S/A
Melhor ator (R$ 15.000,00) – Marquim do Tropa, por Branco sai. Preto fica
Melhor atriz (R$ 15.000,00) – Dandara de Morais, por Ventos de Agosto
Melhor ator coadjuvante (R$ 10.000,00) – Renato Novais de Oliveira, por Ela volta na quinta
Melhor atriz coadjuvante (R$ 10.000,00) – Élida Silpe, por Ela volta na quinta
Melhor roteiro (R$ 15.000,00) – Marcelo Pedroso, por Brasil S/A
Melhor fotografia (R$ 15.000,00) – Gabriel Mascaro, por Ventos de Agosto
Melhor direção de arte (R$ 15.000,00) – Denise Vieira, por Branco sai. Preto fica
Melhor trilha sonora (R$ 15.000,00) – Mateus Alves, por Brasil S/A
Melhor som (R$ 15.000,00) – Pablo Lamar, por Brasil S/A
Melhor montagem (R$ 15.000,00) – Daniel Bandeira, por Brasil S/A
MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE CURTA-METRAGEM
Melhor filme (R$ 35.000,00) – Sem coração, de Nara Normande e Tião
Melhor filme pelo júri popular (R$ 25.000,00) – Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor direção (R$ 15.000,00) – Nara Normande e Tião, por Sem coração
Melhor ator (R$ 10.000,00) – Zé Dias, por Geru
Melhor atriz (R$ 10.000,00) – Maeve Jinkings, por Estátua!
Melhor roteiro (R$ 10.000,00) – Gabriela Amaral Almeida, por Estátua!
Melhor fotografia (R$ 10.000,00) – Beto Martins, por Loja de répteis
Melhor direção de arte (R$ 10.000,00) – Juliano Dornelles, por Loja de répteis
Melhor trilha sonora (R$ 10.000,00) – Piero Bianchi, Vinícius Nunes e Mateus Alves , por Loja de répteis
Melhor som (R$ 10.000,00) – Fábio Baldo, por Geru
Melhor montagem (R$ 10.000,00) – Nara Normande e Tião, por Sem coração
TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DF – MOSTRA BRASÍLIA
Melhor longa-metragem – Branco Sai. Preto Fica, de Adirley Queirós
Melhor curta-metragem – Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor direção – André Luiz Oliveira, por Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos
Melhor ator – Marquim do Tropa, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor atriz – Klarah Lobato, por Querido Capricórnio
Melhor roteiro – Fáuston da Silva, por Ácido Acético
Melhor fotografia – Dani Azul, por Meio Fio
Melhor montagem – Guille Martins, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor direção de arte – Luiz Fernando Skopein, por À Mão Armada
Melhor edição de som – Guille Martins e Camila Machado, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor captação de som direto – Francisco Craesmeyer, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor trilha sonora – Renato Matos, por Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos
Melhor longa-metragem pelo júri popular – Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, de André Luiz Oliveira
Melhor curta-metragem pelo júri popular – Ácido Acético, de Fáuston da Silva
PRÊMIO MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES: Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, de André Luiz Oliveira
PRÊMIO CANAL BRASIL: Sem coração, de Nara Normande e Tião
PRÊMIO EXIBIÇÃO TV BRASIL: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
PRÊMIO ABRACCINE
Melhor filme de curta-metragem: Estátua!, de Gabriela Amaral Almeida
Melhor filme de longa-metragem: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
PRÊMIO SARUÊ: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
PRÊMIO VAGALUME
Melhor filme de curta-metragem: Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor filme de longa-metragem: Ventos de Agosto, de Gabriel Mascaro
PRÊMIO CONTERRÂNEOS: Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, de André Luiz Oliveira